Neurônio: como foi sua descoberta?

Santiago Ramón y Cajal, um renomado histologista espanhol, é amplamente reconhecido por suas contribuições pioneiras na neurociência. Nascido em 1852, ele começou a publicar seus trabalhos científicos em 1880, dedicando-se ao estudo da estrutura do sistema nervoso.
A pesquisa revolucionária de Cajal envolveu o aperfeiçoamento da técnica de coloração de tecidos nervosos desenvolvida por Camillo Golgi. Ele conseguiu visualizar os neurônios como unidades separadas, comprovando a ausência de continuidade direta entre eles.
O histologista demonstrou que os neurônios se comunicam através de junções chamadas sinapses, estabelecendo a base da doutrina neuronal. Ele observou que os neurônios têm prolongamentos chamados axônios, que se ligam ao corpo celular e aos dendritos de outros neurônios. Suas descobertas elucidaram como os impulsos nervosos são transmitidos no cérebro, proporcionando uma compreensão fundamental da comunicação neural.
Em 1906, Cajal recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina, compartilhado com Golgi, por seus estudos sobre a estrutura fina do sistema nervoso. Sua pesquisa não apenas desafiou a visão prevalente da época de que as células nervosas formavam uma rede contínua, mas também abriu caminho para avanços significativos na neurociência moderna.

Dr. Matheus Bannach
Neurocirurgião especializado em neuroncologia. Dedica-se ao tratamento de tumores cerebrais e medulares, sempre buscando as técnicas mais avançadas e menos invasivas para seus pacientes.
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