Sabia que o cérebro gasta energia?

O cérebro humano, embora represente apenas 2% do peso corporal, consome cerca de 20% do oxigênio e da glicose do organismo. Esse alto consumo energético se deve ao fato de que ele está continuamente ativo, mesmo durante o sono. Em estado basal, pode consumir aproximadamente 350 calorias em 24 horas, comparável às calorias queimadas em atividades físicas como correr por meia hora.
A massa cinzenta, onde estão localizados os núcleos neuronais, consome mais energia do que a massa branca, devido à maior quantidade de sinapses e mitocôndrias. O consumo energético também varia conforme a atividade mental: tarefas complexas e que exigem alta concentração aumentam significativamente o gasto de energia em determinadas regiões cerebrais.
Apesar do cérebro consumir glicose em excesso, pensar muito não resulta em perda de peso significativa. Embora a atividade intelectual exija energia, não é suficiente para causar emagrecimento como as atividades físicas. O combustível primário é a glicose, mas esta pode ser obtida de várias formas, inclusive de carboidratos ingeridos na dieta
.
Portanto, enquanto o cérebro devora glicose e queima calorias para sustentar suas funções, o impacto no peso corporal é mínimo. A ideia de que pensar muito emagrece é, portanto, um mito. O cérebro necessita de energia constante para funcionar, mas esta demanda não é suficiente para provocar uma perda de peso considerável.

Dr. Matheus Bannach
Neurocirurgião especializado em neuroncologia. Dedica-se ao tratamento de tumores cerebrais e medulares, sempre buscando as técnicas mais avançadas e menos invasivas para seus pacientes.
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