Tratamento dos tumores cerebrais com Temozolamida

A temozolamida é um medicamento oral anticancerígeno utilizado principalmente no tratamento de gliomas de alto grau, como o glioblastoma multiforme (GBM). Este tipo de tumor cerebral é altamente agressivo, caracterizado por um crescimento rápido e uma baixa taxa de sobrevida, mesmo após tratamentos convencionais como cirurgia e radioterapia.
Ensaios clínicos têm demonstrado que essa opção, quando administrada durante e após a radioterapia, pode aumentar a sobrevida dos pacientes com GBM recém-diagnosticado.
Além disso, retarda a progressão do tumor, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes. Embora o medicamento esteja associado a poucos efeitos adversos de curto prazo, esses podem ser graves, e os efeitos a longo prazo ainda não são totalmente conhecidos.
Em pacientes idosos, com mais de 60 anos, a temozolamida isolada tem mostrado ser uma alternativa eficaz à radioterapia exclusiva, apresentando resultados similares em termos de sobrevida total e qualidade de vida. No entanto, é importante notar que, em casos de recorrência do GBM, pode atrasar a progressão da doença, mas não melhora significativamente a sobrevida total em comparação com a quimioterapia padrão.
O medicamento se apresenta como uma opção terapêutica eficaz para pacientes com gliomas de alto grau, especialmente quando combinada com radioterapia. Entretanto, a decisão de utilizá-lo deve levar em consideração os possíveis efeitos adversos e a avaliação individual de cada paciente.

Dr. Matheus Bannach
Neurocirurgião especializado em neuroncologia. Dedica-se ao tratamento de tumores cerebrais e medulares, sempre buscando as técnicas mais avançadas e menos invasivas para seus pacientes.
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